Thursday, January 24, 2008

NY Post (get it?)



Estranhamente, muito se tem passado em Nova Iorque, enquanto tudo se mantém relativamente inalterado em Santa Maria da Feira.

Heath Ledger morreu e um borburinho trespassou Manhattan. A poucos quarteirões de minha casa, no Soho, de overdose e aos 28 anos. Estava eu em reunião quando o corpo, encontrado pela mulher-a-dias, estava a ser levado para a ambulância. Obviamente que esse foi o tema que serviu de pontapé de saída para a dita reunião, ou a namorada do meu "superior" não fosse uma das curiosas que tirava fotos mórbidas à porta de casa do defunto.

Eu: porra, tinha só mais 1 ano que eu...
Zeca: e tinha um bebé!
Eu: Era casado? com quem?
Zeca: Era separado da Michelle Williams.
Eu: A mulher dele no Brokeback Moutain? Ou era a mulher do outro?
Zeca: Sim, era a mulher dele.
Eu: Acho que foi o único filme dele que vi. Ah, e o 10 coisas que não-sei-o-quê em ti, mas isso não é conta. Ah, e o musical dos cavaleiros. Mete um bocado de impressão, não?
Zeca: Sim, e vivia 2 ruas ao lado do meu antigo apartamento.
Eu: Bom bairro?
Zeca: Sim, porreiro. Cuidado, não te ponhas em cima das tampas de esgoto, às vezes explodem. Não sei se já reparaste mas em NY não existem postes de electricidade, é tudo subterrâneo. E às vezes corre mal...
Eu: Oh, tás a dar baile, tipo geyser?
Zeca: Conheço um gajo que viu uma explosão dessas a 10 metros dele. Logo, vá, 2 passinhos ao lado.
Eu: Bem, onde se janta?
Zeca: Thai?


Heath Ledger, 1979-2008

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Passando agora a notícias boas sobre Nova Iorque: a cidade vai parar dia 3 de Fevereiro para ver a Superbowl. Isto porque, contra todas as previsões, os Giants conseguiram qualificar-se para a final.
A qualificação sucedeu na precisa altura em que eu via o jogo da NBA referido num post anterior, entre Knicks e Pistons. Como os americanos são entidades polidesportivas (ao contrário dos portugueses que gostam de futebol e têm a noção que somos bons a hóquei em patins), enquanto um jogo decorria no solo, os ecrãs gigantes suspensos que formam um cubo mostravam os derradeiros segundos da meia final do futebol americano, entre os NY Giants e os Green Bay Packers. Claro está que toda a gente ignorava o jogo de basket e os nervos assolavam os novaiorquinos presentes no pavilhão (contagiando o resto dos presentes, como eu), cuja equipa de futebol entrara para este jogo como claro underdog, vendo-se agora a escassos momentos de uma histórica presença na final. Mal o apito final soou, um brado conjunto varre o pavilhão, tão poderoso que o jogador de basket que estava na linha de lance livre falhou clamorosamente a execução, para riso geral.
E agora toda a cidade aguarda ansiosamente o dia da Superbowl, 3 de Fevereiro!


Em assunto de última hora, estava eu a deambular online quando cheguei ao site da histórica sala de espectáculos Carnegie Hall. A mera presença na sala é um facto digno de destaque, mas acabei de comprar bilhetes para o Tibet House Benefit Concert que conta com diversos artistas, entre os quais destaco um dos meus ícones actuais Sufjan Stevens e a brasileira Marisa Monte. Uma noite a aguardar impacientemente.