Faz hoje uma semana que, ao caminhar por uma ruela do Lower East Side, me cruzei com um ciclope. Não tinha máquina fotográfica na altura - quantas curiosidades já entraram e saíram da minha mente por falta de máquina no telemóvel... - pelo que o fotografei mentalmente e, chegado a casa, desenhei-o de imediato. Fiquei orgulhoso com reprodução tão fidedigna:
Até aqui, nada de errado. Trata-se de um ciclope como tantos outros: um gigante com bom sentido de moda, um único olho central - castanho claro - e subalterno de Hefaísto.
No entanto, uma observação mais atenta crava na mente um pormenor chave que não escapou ao esboço impressionantemente real que aqui apresento.
Dono de um só olho, o Ciclope tem, não obstante, duas sobrancelhas. Ora sendo a sobrancelha um aglomerado de pelos situado acima da celha (daí o nome) com o intuito de proteger o olho, podemos ver que para um ciclope o par de sobrancelhas não tem qualquer utilidade prática pois o olho, central, está desprotegido e ao alcance dos seus inimigos naturais.
Tuesday, March 11, 2008
o Drama do Ciclope
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