Estava no concelho de Sintra, mas não propriamente em Sintra.
Ia na direcção de Mafra, mas Mafra não era o destino.
Levava as minhas máquinas fotográficas. Sim, plural: são 3 e conversam quando não estou presente.
E, no meio do nada, numa terriola entrelaçada por ruelas desordenadas, minada de cães vadios que nada mais fazem senão pastar ao calor dum sol que já se punha, vi algo perturbador.
Não parei logo o carro: fiquei a pensar se teria visto mesmo aquilo. Sim, de facto, vi mesmo aquilo.
Inverti o sentido da marcha e parei o carro junto à berma, numa terra sem passeios, onde os cães jazem no alcatrão.
Abri a porta e aproximei-me devagar, receoso do cheiro a raiva húmida que pairava no crepúsculo: que merda é esta? Ao princípio achei ser uma homenagem a uma criança atropelada. Não. que merda é esta, onde é que eu vim parar? aquele cão lançou-me um esgar ameaçador?
Um totem? um altar de brinquedos? que merda é esta? os cães estão a vir nesta direcção, devo cheirar a febra. 2 fotografias depois, meto-me no carro. O sol quase posto, as ruas desertas, apenas eu e os cães. Vou voltar para casa.
Que merda era aquela?
Ia na direcção de Mafra, mas Mafra não era o destino.
Levava as minhas máquinas fotográficas. Sim, plural: são 3 e conversam quando não estou presente.
E, no meio do nada, numa terriola entrelaçada por ruelas desordenadas, minada de cães vadios que nada mais fazem senão pastar ao calor dum sol que já se punha, vi algo perturbador.
Não parei logo o carro: fiquei a pensar se teria visto mesmo aquilo. Sim, de facto, vi mesmo aquilo.
Inverti o sentido da marcha e parei o carro junto à berma, numa terra sem passeios, onde os cães jazem no alcatrão.
Abri a porta e aproximei-me devagar, receoso do cheiro a raiva húmida que pairava no crepúsculo: que merda é esta? Ao princípio achei ser uma homenagem a uma criança atropelada. Não. que merda é esta, onde é que eu vim parar? aquele cão lançou-me um esgar ameaçador?
Um totem? um altar de brinquedos? que merda é esta? os cães estão a vir nesta direcção, devo cheirar a febra. 2 fotografias depois, meto-me no carro. O sol quase posto, as ruas desertas, apenas eu e os cães. Vou voltar para casa.
Que merda era aquela?
2 comments:
Graças a Deus pelas mmáquinas fotográficas.
Graças a Deus pelas terrinhas portuguesas.
Graças a Deus pelos monumentos portugueses.
Isto é só pelo espirito religioso da quadra...
Isso não é pertubador meu querido Pancrácio, isso é verdadeiramente assustador, aterrador, terrorifico. Gabo-te a coragem de teres saído do carro para fotografar.
Assim está a arte portuguesa. Esse fantástcio artista/criador deve pertencer a uma qualquer corrente pós-pós-modernista.
Acho que devias abrir um fórum de interpretações. Eu estou siderada e sem qualquer tipo de imaginação.
Ainda bem que fugiste dali. Pode ser um qualquer altar de uma seita estranha anti-aborto. Ou então mera publicidade à marca de bonecos expostos: atendendo, mais uma vez, ao espirito da quadra: «Mãe, mãe, quero um boneco daqueles pó natal!». Guerrilha, topas?
Mas pequeno Lavagante, "que merda é esta?" Parece-me bastante óbvio que se trata pura e simplesmente de um... FREAK SHOW!!!!!
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